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Memória
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Vista geral da Usina Henry Borden, de Cubatão. 1948
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Usina Henry Borden - os 90 anos do Projeto da Serra
Há exatos 90 anos, em abril de 1925, tinha início, na Serra do Mar,
em Cubatão, a construção da Usina Henry Borden, o mais audacioso e
polêmico projeto de geração de energia da extinta Light. A ideia do
empreendimento surgiu quando a Light, responsável pelo fornecimento
de eletricidade à Capital desde 1900, passou a ter dificuldades
para atender a demanda por energia. Além da crescente
industrialização paulistana, que exigia cada vez mais eletricidade,
a situação agravou-se com o movimento armado de 1924 e a prolongada
seca ocorrida no mesmo ano. A crise hídrica levou à redução do
fornecimento em cerca de 70%. Dessa forma, a empresa iniciou
estudos para a construção de uma nova hidrelétrica nas proximidades
de São Paulo.
Contratado pela Light, o engenheiro norte-americano Asa White
Kenney Billings, que chegara à Capital em 1922, foi o autor do
projeto e executor das obras da Henry Borden, acompanhado de uma
equipe que incluía o também americano F. S. Hyde. Ao observar o rio
das Pedras, um dos únicos cursos que nasce no planalto paulistano e
corre em direção ao mar, Hyde pensou em uma solução simples que,
segundo o engenheiro Milton Vargas, pode ser considerada a primeira
"grande sacada" da engenharia hidrelétrica brasileira: a reversão
do curso dos rios.
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Homens trabalhando nas obras no alto da Serra do Mar, na
colocação
do primeiro tubo das linhas adutoras da Usina de Cubatão.
03/5/1926
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Colocação de maquinário na primeira unidade geradora da Usina Henry
Borden, antes de sua inauguração. 31/7/1926 |
A ideia era recolher as águas dos rios do planalto, que
originalmente seguiam para o interior, alterar o seu curso e
conduzi-las para o sopé da Serra, de forma a aproveitar o desnível
de 720 metros da região e acionar as turbinas da usina para a
geração de energia. Para tal empreendimento, foi concebido o
Projeto da Serra, que incluía, além da Usina Henry Borden, um
complexo de represas, estações elevatórias, canais, túneis e
tubulação adutora. À época, considerado um dos maiores
empreendimentos do mundo e, a hidrelétrica, a maior do país. Sua
realização garantiria o desenvolvimento do parque industrial de São
Paulo pelas quatro décadas seguintes.
A Usina de Cubatão - que teve seu nome alterado para Henry Borden
em 1964 - foi inaugurada em 10 de outubro de 1926. Sua primeira
unidade geradora garantiu um fornecimento inicial de 28 mil kW. Por
meio de constantes ampliações que culminariam na instalação de 16
unidades geradoras, o projeto da Usina de Cubatão teve sua potência
de geração de energia aumentada até ser finalizado em 1961. Ainda
em operação, o complexo Henry Borden adquiriu outras funções ao
longo das décadas, como o controle de cheias, e hoje só é acionado
em ocasiões estratégicas.
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Barragem do Rio das Pedras, integrante do complexo do Projeto da
Serra. 09/10/1929
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Casa de Válvulas da Usina, um ano após sua inauguração. Ao
fundo,
as cidades de São Vicente e Praia Grande. 13/7/1927 |

Homens descarregando material para as obras da Usina, no Porto de
Santos. 29/5/1935
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Rede Museu da Energia
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Museu da Energia de Salesópolis promove ação educativa sobre
reciclagem
Em celebração ao Dia Mundial da Educação (28 de abril), até
quinta-feira (30/4) o Museu da Energia de Salesópolis realiza a
ação educativa "Aprendendo a Reciclar". Na atividade, o público
será instigado a refletir sobre a relação entre consumismo e meio
ambiente a partir da exibição de um vídeo que apresenta o centro de
coleta de materiais recicláveis da cidade, operado pela ARES -
Associação dos Recicladores da Estância de Salesópolis.
"A ideia é promover um debate sobre a importância da reciclagem
para evitar o desperdício de matérias primas e, consequentemente,
uma reflexão sobre o consumo desenfreado de produtos e a
importância da consciência ambiental", explica o biólogo Fernando
Maia, educador do Museu da Energia.
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Ação educativa busca informar como funciona a coleta seletiva em
Salesópolis. Foto de Caio Mattos |
Espaço das Águas
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Represa do Guaraú, pertencente ao antigo Sistema de Abastecimento
da Cantareira, construído pela Companhia Cantareira e Esgotos. P.
Doumet. 1892.
Acervo Memória Sabesp
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Companhia Cantareira de Esgotos - a primeira empresa
de saneamento da Capital
Constituída em 25 de junho de 1877, a Companhia Cantareira e
Esgotos foi a empresa responsável por implantar a primeira rede de
água e esgotos na cidade de São Paulo. Uma iniciativa de três
capitalistas da época - coronel Antonio Proost Rodovalho, major
Benedicto Antonio da Silva e engenheiro Daniel Makinson Fox -, a
companhia tinha como objetivo resolver o problema do abastecimento
público da Capital que, até aquele momento, não possuía nenhum
serviço de saneamento estabelecido. O acesso da população à água
ocorria por meio da captação em chafarizes, fontes e
córregos.
O projeto de Rodovalho, Silva e Fox, que tinha como base canalizar
as águas da Serra da Cantareira para abastecer a cidade, começou a
ganhar corpo com a contratação, em 1878, de engenheiros ingleses,
em especial de Henry Batson Joyner, para desenvolver o projeto e
conduzir as obras. Naquele mesmo ano, era colocada a pedra
fundamental do reservatório da Consolação, com a presença do casal
imperial D. Pedro II e Dª Teresa Cristina.
Em 1881, ano em que Joyner finalizou a primeira planta cadastral
da Cidade, o reservatório da Consolação foi concluído, como também
as obras do sistema de adução das águas do Cantareira, que eram
capazes de abastecer o dobro da população - na época, 30 mil
habitantes. Também foram utilizadas as águas das fontes do Ipiranga
para abastecimento dos bairros do Brás, Água Funda, Ipiranga e
Mooca. Ao lado de Campinas, Santos e Guaratinguetá, São Paulo
passava a ser uma das quatro cidades do Estado a possuir sistema de
abastecimento de água.
A Companhia Cantareira e Esgotos seguiu responsável pelos serviços
de água e esgotos na Capital até 1892, quando foi encampada pelo
Governo do Estado que criou, em seu lugar, em 1893, a Repartição de
Águas e Esgotos - RAE.
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Represa do Toucinho. P. Doumet. 1892. Acervo Memória
Sabesp |

Represa do Cassununga, pertencente ao antigo Sistema de
Abastecimento
da Cantareira, o chamado "Cantareira Velho". P. Doumet.
1892.
Acervo Memória Sabesp
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Notícias
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Museu da Energia
de São Paulo abre inscrições
para Oficina de Ação
Educativa em Museus
A partir do dia 5 de maio, o Museu da Energia de São Paulo abre
inscrições para a oficina "Ação Educativa em Museus". O workshop,
que é gratuito e voltado a professores, educadores e demais
interessados na área, será realizado no dia 23 de maio e tem por
objetivo capacitar profissionais para o desenvolvimento de
atividades educativas em instituições museológicas.
Ministrada pelo historiador e educador Michael Argento, a oficina
terá a duração de quatro horas, com a entrega de certificado, e
abordará os conceitos de educação formal e não formal, além dos
temas "O profissional de educação em Museus - funções e objetivos",
"Noções de gestão do regime educativo", "Público de Museus" e
"Ações Educativas". As atividades práticas acontecerão no espaço
expositivo do Museu da Energia. Interessados deverão entrar em
contato pelo e-mail saopaulo@museudaenergia.org.br
ou pelo telefone 11 3333 5600, ramal 230.
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As atividades práticas da oficina serão realizadas no espaço
expositivo
do Museu da Energia. Foto de Caio Mattos |

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Museu da Energia de Itu
promove campanha da nova
exposição "Chafarizes"
Em abril, o Museu da Energia de Itu deu início à campanha
"Chafarizes", que estimula a participação do público em sua nova
exposição, prevista para ser inaugurada em junho. Em fase de
produção, a mostra apresentará a relação da cidade com as suas
fontes de água: bicas, bebedouros e chafarizes. A ideia é que
moradores e apaixonados pelo município enviem fotografias de acervo
pessoal, antigas ou novas, de registros das fontes de água de
Itu.
Além das fontes e chafarizes da cidade, como as das praças do
Carmo e da Matriz, o Museu da Energia busca registros particulares
de espaços como a Bica da Mimo, já desativada, do antigo bebedouro
de animais da igreja de Santa Rita, da Caixa D'água de Itu e da
Bica Santa Teresinha, que até hoje oferece água à população.
Interessados em contribuir com o projeto podem entrar em contato
pelo e-mail itu@museudaenergia.org.br
ou pelo telefone 11 4022 6832.
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Apoio à pesquisa: Bianca Grazini Dela Coleta e
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